sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sinto como se meu olhar fosse envolvido por um nevoeiro quando data meados de julho, por neblina na serra durante a madrugada de uma noite fria ou a fumaça de uma chaleira a cobrir a cozinha. Minha visão está embaçada. Não sei o que sinto, há um vazio dentro do peito e que anda circulando nas minhas veias, tomando lugar da vivacidade que previamente pousava em mim. Não há o que entender, o que decifrar, o que doer porque não há nada. É como se eu estivesse oco por dentro e indiferente a isso. Não sei o tirar da imagem que o espelho reflete, porque ali estou igual a como estava antes. Não pareço estar diferente, mas algo mudou.
— Eduardo Grotmann, Encontro-me em meio de pontos de interrogações. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário