Vem com aquele cheiro de café recém coado,
vem com o cheiro do cigarro que fumou a pouco,
vem com margaridas, ou só vem mesmo.
Me dá um beijo sem pressa, no topo da testa,
finge ouvir uma sinfonia, me puxa pra dançar no meio da cozinha,
e no final do nosso pequeno teatro de faz de conta, me abraça e não solta,
gruda que nem um imã,
me aperta em teu peito, me faça transbordar de paz;
aquela paz que só é possível com você.
Passe a tarde comigo, estirado no chão da sala lendo leminsky,
me irrite com aquela mania de morder meu queixo enquanto estou concentrada,
e na hora de ir embora, não vá
protele,
lamente,
finja que dormiu,
faça qualquer coisa, mas fique.
E se não der, amanha pela manhã vem de novo,
independente do tempo, do momento ou do seu sofrimento,
só vem..
saudade, olhar pra algo e lembrar de risadas, sentir um cheiro e já lembrar do gosto, aquela nostalgia do dia-a-dia sabe, a minha nostalgia, a minha cabeça, a minha bagunça, a minha confusão. Sabe aquela história de que pessoas caladas tem mentes tumultuadas, pois é, sou bem assim, minha cabeça tem de tudo, passa de tudo, lembra de tudo, repara em tudo. Sou péssima pra escrever, mas amo isso, bom, com o tempo a gente se conhece.
Olá Fabiana!
ResponderExcluirCheguei aqui por meio do grupo Cartas... Que lindo teu texto.
Às vezes temos que fazer assim mesmo... ir, vir e só!!!
Um abraço pra ti!