quinta-feira, 13 de março de 2014

Independente, só vem...

Vem com aquele cheiro de café recém coado,
vem com o cheiro do cigarro que fumou a pouco,
vem com margaridas, ou só vem mesmo.
Me dá um beijo sem pressa, no topo da testa,
finge ouvir uma sinfonia, me puxa pra dançar no meio da cozinha,
e no final do nosso pequeno teatro de faz de conta, me abraça e não solta,
gruda que nem um imã,
me aperta em teu peito, me faça transbordar de paz;
aquela paz que só é possível com você.
Passe a tarde comigo, estirado no chão da sala lendo leminsky,
me irrite com aquela mania de morder meu queixo enquanto estou concentrada,
e na hora de ir embora, não vá
protele,
lamente,
finja que dormiu,
faça qualquer coisa, mas fique.
E se não der, amanha pela manhã vem de novo,
independente do tempo, do momento ou do seu sofrimento,
só vem..

Um comentário:

  1. Olá Fabiana!
    Cheguei aqui por meio do grupo Cartas... Que lindo teu texto.
    Às vezes temos que fazer assim mesmo... ir, vir e só!!!

    Um abraço pra ti!

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