sábado, 13 de abril de 2013


E é assim toda vez, me vejo no país das maravilhas, flutuo sobre oceanos voadores e nado em céus de emoção; pra onde olho é alegria, é vida; o tempo escorre o contrário e as nuvens conversam comigo ao fim do dia.
 As flores dançam ao rítimo das brisas e neva ao calor do meio-dia. Pássaros ecoam suas melodias á velocidade de seu doce respirar.
Ao me aproximar de belas rosas brancas e brandas, guardam seus espinhos para não me machucar. Borboletas pousam em meus  cabelos e como enfeites ficam a esperar; Mas logo se assustam ao ver tão tenebrosa noite chegar.
Vem interrompendo tudo, toda magia; com suas garras arrancam o sol de seu pé que em flor o faz nascer. Com suas pesadas lágrimas derruba os oceanos e se faz tornar ácidos os céus. E onde tudo tinha vida e harmonia é preenchido por guerras e vidas vazias.
De vez em quando meu mundo mágico luta contra isso, pede com todas as forças para não se render á morte. Mas volta a perder e a se render e meus monstros atacam, vem furiosos, em busca de sangue, em busca de sonhos. Tento não me render, mas isso já é quase impossível; sem forças para seguir me vejo inútil; nem as rosas mais se mostram belas e sem dor. Elas agora vermelhas e com espinhos esplendorosos, ao me ver aproximar mostra-os mais, como forma de mostrar que por mais frágil que seja sabe se defender, e se defendendo, me destrói;
Queria ser eu como tão bela rosa, me defender de tantos monstros que agora se mostram, mas ao invés disso me mostro como uma frágil ostra, que se fecha em meio aos medos e dores e no final sua pérola serão apenas relatos e lágrimas de um coração que sofreu e sofre com tamanho peso de um mundo que no inicio era apenas para me salvar.
                        - O meu país das maravilhas, o meu país das dores


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