terça-feira, 21 de maio de 2013

Vidas não vividas é o que se percebe por aí
O que observo são valores nada valorizados
Descrito e discreto nessa arte de viver sem mesmo sentir quem é você

Vida lida no caderno dos sonhos é desenhar as idas sem voltas dos que se encontram
O vento cantando seu caos
A solidão de passos sem posses de sentimentos
Fechou o jornal e perdeu a poeira da poesia encabeçada
Aflito eu sou, na verdade, quem nunca tentou viver uma mentira?
Amigo e fraterno eu me busco eterno mesmo sendo mero mortal

Vida obscura se deslumbra com a cura que a fé nos dá
Em laços fechados na mente empoeirada e em penumbra com os porões da infância
Revela um filme onde cada história não tem vida
Histórias que o ator prefere esquecer para que, portanto
No presente esquecer o faça ser, por tanto, um tanto mais seria melhor ir além
Línguas libertas e perdidas vão e ficam sem mortas sobrevoando aqui e ali
Ouvidos cercados e serrados são perfeitos
Feito a um surdo de bons sentimentos
E olhos sem neon, sem luz, sem cem motivos para te olhar

- Fabrício Montes

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