terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Olá, como vai você que se perdeu no meio da escuridão?

Criativa, alegre, apaixonada, tolerante, já fui assim um dia.
Desesperada, muda, cega, inerte, estou assim agora.
A doença tomou conta de todo o meu corpo e de toda a minha alma. Mesmo lutando, não consigo ser como era antes. As palavras que antes saiam pelos meus dedos como água que flui nos rios, simplesmente se recusam a aparecer.
 A cumplicidade com a alegria alheia foi engolida pela minha tristeza.
 A lucidez dos meus pensamentos se foi junto com a minha sanidade. 
Pra me sentir viva não mais me contento com a beleza das cores ou a risada frouxa de um encontro ao sábado á tarde; pra sentir que ainda sinto ando precisando correr riscos, preciso que a adrenalina pulse voraz por entre as minhas veias e que a dor seja maior que a tristeza.
Já desisti da ideia do amor e também da esperança, mas não quero que os outros a  percam. 
Me sinto uma maquina de destruição que auto destrói; sinto a morte entrar pelas minhas narinas á cada instante, vejo a vida saindo pelos meus poros a cada minuto.
Me olho no espelho e não sei mais quem sou. Não tenho mais sonhos, não tenho mais o mesmo olhar, já não amo como antes e sei que daqui a alguns dias vou amar menos ainda.
Afinal, quem me tornei? Quais são meus reais motivos pra estar aqui mesmo?
 Quem sou eu no meio desse labirinto? Como me perdi nessa escuridão?

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