quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

1, 2, 3.. Pulei.

E eu, que não sei o porque de tanta dor, me vejo aqui perdendo o fôlego, pedindo socorro. Uma semente foi plantada no meu coração e uma árvore com raízes grossas e fortes me esmaga o peito e me cala a voz.  Como um câncer que se alastra deteriorando todo o corpo, essa dor e essa angústia se espalha por mim sendo mais forte que qualquer estimulo externo.
 Tento a todo custo me livrar dessas amarras mas não tenho forças; isso ta me sugando a vida, como um cigarro sendo tragado profundamente. Quero fugir de mim, fazer as minhas malas e ir pra outro mundo, outro corpo, outro refugio.
 Não sou capaz nem de organizar meus pensamentos, essa ânsia pelo fim me consome. O grito que não sai me sufoca, a raiva contida me causa espasmos, o medo e a dor me prendem ao chão. É quase minha morte, ou pelo menos assim devem se sentir as pessoas quando estão á beira de um abismo: tragadas, impotentes, querendo se desprender de tantas raízes e amarras.
 Vou pular, vou me jogar, quem sabe no movimento  rumo ao desconhecido eu não crie asas e me livro de tantas coisas?  Preparada pra me abandonar no infinito, ai vou eu: pulei.

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