terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Desisto

 E o vazio que me invade a alma não consegue ser contido mais nem pelos anti depressivos nem calmantes, o buraco negro que se forma dentro de mim já sugou minha vida, agora só quer meu corpo.
Encontro-me de frente a três cartelas de comprimidos pequenos, o meu interior pede por isso, minha cabeça me diz que não.
Quero me dar a chance de parar de sofrer, mas quero também viver pra ver se minha vida tomará outro rumo a não ser o abismo do suicídio. 
Os cortes não estão mais me causando efeito nenhum, a não ser a excessiva quantidade de cicatrizes. 
Vou dando passos me entregando á morte. Meus órgãos queimam como se estivessem derretendo; lágrimas saem do meu rosto quase que por instinto, elas são a ultima forma de mostrar que eu já senti muito. Gritos ecoam da minha garganta já áspera e sem forças. Sinto a vida me abandonando de vez. 
Acho que isso é um adeus.

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