quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O inimigo sou eu.

E bem ali, frente a frente com meu maior inimigo, senti minhas pernas enrijecerem, meu coração pulsar mais rápido fazendo com que a adrenalina que eu liberava circulasse mais rápido por entre minhas veias; minha garganta se fechava em um nó e minha pela suava frio.
Não sabia o que fazer, estava contendo lágrimas que a tempos pediam pra sair.
Meus punhos serrados pediam uma reação agressiva, mas o sentimento era tão confuso que me fazia ficar inerte.
Sentia que a qualquer momento eu desabaria em pedaços cortantes, mostrando-me ainda mais frágil pro meu inimigo, que me fitava com deboche e sarcasmo.
Tentava me manter fria, mas era impossível, a angustia e o medo me corrompiam e faziam minha respiração ficar cada vez mais densa e rápida; o ar se recusava a entrar em meus pulmões, minha força estava se esvaindo.
Ele ria da minha situação, quase me apontava o dedo. Não precisaria usar de força contra mim, já era destrutivo apenas da forma que se portava a minha frente.
Num impulso decidi acabar com a tortura; descontei todos aqueles sentimentos num só golpe, que machucou-me profundamente, me fazendo sangrar, mas por dentro um alívio me correu pela espinha ao ver ele estirado ao chão, em pedaços que refletiam a luz e continham rastros do meu sangue.
Estava resolvido: eu, de pé, com lágrimas de alivio percorrendo minha face, e ele no chão, destruído.

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