terça-feira, 8 de julho de 2014

Aquela sala no fim do corredor..

Inesperam-se, os corpos.
Alteram-se, mas aguardam o momento.
Aguardam-se, o final do corredor. O fechar da porta. O apagar das luzes.
Alteram-se, mas aguardam o momento.
Uma disputa de olhares, pulsar, suspiros quase inaudíveis, convites. Delicia. O momento.
Nuas peles, brancas, surgindo e entregando-se aos lábios, dentes, prazeres, arrepios.
Ah, o calor! O calor, emanado da desnuda e alva pele, denuncia silenciosamente o desejo das carnes de fundirem-se, encontrarem-se, esquecerem-se. Lugar, tempo, pensamento.
... as unhas buscam sua parcela de prazer sob a mesma pele. Apertam. Dilaceram. Provocam. Queimam. Incendeiam a volúpia. 
Desperta odores, sabores, dores, mais unhas, olhares que embriagam. Claros, ousados.
Hipnotizam, enquanto os lábios devoram, provocam, prometem.
Prometem-se.
-LOPES, M.

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